Soluções baseadas na natureza.
A Reservas Votorantim materializa o compromisso da holding com a conservação de territórios e de recursos hídricos e com o desenvolvimento das comunidades por meio da gestão do Legado das Águas.
Essa empresa, que, em 2021, ganhou marca e sede próprias, é especializada em gestão de territórios e de soluções baseadas na natureza para negócios tradicionais e da nova economia. É gestora do Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do País, com aproximadamente 31 mil hectares nos municípios de Juquiá, Miracatu e Tapiraí, em São Paulo; do Legado Verdes do Cerrado, reserva particular de desenvolvimento sustentável de aproximadamente 32 mil hectares, sediada em Niquelândia, em Goiás; e do Pátio Caeté, espaço para comercialização de plantas nativas na capital paulista. A partir de seus negócios, desenvolve atividades e oferece serviços que aliam a conservação da natureza e dos recursos hídricos ao uso responsável de territórios e ao desenvolvimento local. Ecoturismo, paisagismo, produção e comercialização de plantas nativas, locação de espaço, estudo do meio, reflorestamento e compensação ambiental são exemplos de suas frentes de negócio.
Um dos destaques é o ecoturismo no Legado das Águas, que foi retomado no segundo semestre, com o arrefecimento da pandemia. As novidades, em 2021, foram o lançamento do rafting e, em parceria com a empresa Altar, a apresentação de um novo formato de hospedagem: uma casa flutuante em meio à represa do Rio Juquiá, para acomodar pessoas que buscam um refúgio tranquilo em contato com a natureza. Vale destacar que, no ano, o Legado das Águas recebeu o Selo de Qualidade no Turismo, concedido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de São Paulo e o Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Vale do Ribeira e Litoral Sul (Codivar). A certificação reconhece os empreendimentos do setor de turismo que colaboram para o fortalecimento da região Caminhos da Mata Atlântica como um destino turístico nacional.
No negócio de paisagismo, a Reservas triplicou sua capacidade de produção de espécies nativas e firmou contrato com uma incorporadora para desenvolver o paisagismo de um de seus empreendimentos imobiliários. O negócio está ligado ao propósito da empresa de levar a flora nativa de volta aos centros urbanos. Ainda nesse mercado, o Pátio Caeté, na cidade de São Paulo, destinado à comercialização de espécies nativas, completou um ano de atuação e vem se consolidando como um espaço de valorização da flora brasileira.
Em reflorestamento, foram fechados contratos para plantio em parques públicos paulistas, a exemplo do Jurupará, em Ibiúna, que soma 15 hectares, onde o governo de São Paulo desenvolve o Programa Nascentes. A área também é destinada à compensação ambiental voluntária, segmento de negócios dividido em duas plataformas: Plantando o Amanhã, para atender às empresas em suas estratégias de captação de carbono, com o plantio de espécies florestais variadas; e o Projeto Palmito Juçara, de plantios para ampliar a presença dessa espécie protegida na Mata Atlântica e fomentar negócios com as comunidades por meio de seus frutos.
Ainda relacionado à cadeia produtiva, existe o trabalho de compensação sob o modelo de Reserva Legal. Nesse formato, os proprietários rurais devem atender à exigência do Código Florestal de manutenção do bioma Mata Atlântica em 20% de suas terras e, para isso, podem optar pela compensação utilizando mata nativa de outra propriedade.
Houve também avanço da participação da Votorantim no projeto Pomar Urbano, que foi incorporado à proposta de instalação do Parque Linear Bruno Covas, na Marginal Pinheiros, na cidade de São Paulo, com paisagismo de mata nativa e áreas de lazer, e será entregue à população em 2022.
Com vistas ao desenvolvimento comunitário, foi lançado o Programa de Saúde Única (PSU), desenvolvido em parceria com pesquisadores do Instituto Butantã e da Universidade Santo Amaro. A ação consiste em disponibilizar aos municípios de Tapiraí, Juquiá e Miracatu todo o conhecimento gerado pelas pesquisas desenvolvidas no Legado das Águas, para que promovam formações e ações educativas para os seus profissionais de saúde.
Aliadas à responsabilidade social na governança da Reservas, as pesquisas científicas evoluíram em 2021. No Legado das Águas, destacam-se o estudo de anfíbios, coordenado pelo Instituto Butantã, que pode evoluir para o estabelecimento de um roteiro de observação desses animais, no contexto do ecoturismo; e a identificação de onças pardas, conduzida pela organização Onçafari, que deve subsidiar a criação de rota de avistamento dos mamíferos.